Praticando o amor ao próximo
- Projeto Missionário Compaixão

- 9 de mai. de 2015
- 3 min de leitura
Atualizado: 11 de mar.

Toda a lei se cumpre numa só palavra, a saber: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo - Gálatas 5.14.
Na maioria das vezes somos bons em contar e espalhar notícias boas sobre nós mesmos. O fato é que quando temos algo bom para contar, como a compra de uma casa, o passar no vestibular, a compra de um carro, ou seja lá o que for, mas que seja em um nível de sonho realizado, nos alegramos e buscamos as pessoas próximas para contar. O uso da internet hoje como proclamação das boas notícias nos permiti divulgar mais rapidamente e compartilhar a nossa alegria quando conseguimos algo. E não venho aqui recriminar quem de fato faz isso, também faço o mesmo.
Mas as boas notícias de nossas vidas, sempre me fez comparar se assim o posso fazer, com as Boas Novas da Salvação. E chego a refletir sobre o quanto de orgulho nós temos em transmitir boas notícias as pessoas, todavia, não temos em falar de quem nos salvou, nosso Eterno Deus. Nos falta alegria, disposição ou até mesmo nos enchermos de "timidez" em Evangelizar... Isso me faz refletir, a começar por mim, o que de fato Cristo é para mim, o quanto de intimidade eu tenho com o meu Deus e me relaciono com Ele. Que não me leva a tornar este relacionamento mais leve e eficaz. Muitas vezes reflito se o fato de termos o tão grande receio de pregar o Evangelho não é o fato de não vivermos ele. Se soubéssemos e entendêssemos o que Cristo fez por nós, saberíamos falar com propriedade e amor sobre o nosso Salvador. Ou será que temos vivido tão grande nominalismo cristão que apenas nos denominamos cristãos mas não vivemos o pleno Evangelho?
Ao ler um livro do Packer que fala sobre Evangelização e Soberania de Deus, ele afirma que "se de fato amamos a Deus - Pai, Filho e Espírito Santo - por tudo o que Ele fez por nós, devemos reunir toda a nossa capacidade de iniciativa e empreendimento para extrair o máximo proveito que pudermos de cada situação para a Glória dEle; e a principal maneira de fazer isso é descobrir formas e meios de lhe fazer bem". [1] A melhor notícia que podemos dar ao nosso próximo é o nosso conhecimento de Cristo, compartilhando com eles do que Deus fez por nós. Então, por que não conseguimos fazer? Será que temos um real relacionamento com Deus? Ou perdemos a maioria do nosso tempo criticando as pessoas? Quantos de nós, a começar de mim, observamos as pessoas ao nosso redor como o nosso próximo, isto é, como aquele em que devemos amar e evangelizar?
A timidez nos faz freiar qualquer tipo de "testemunho cristão". Mas será que é timidez ou apenas orgulho? O que é mais importante para nós, a nossa reputação ou a salvação deles? Que possamos cumprir os dois principais mandamentos que encontra-se em Mateus 22.36 - 40: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Que todo o meu desejo em Cristo, isto é, a eternidade ao Seu lado, seja também meu desejo para com o meu próximo.
Amar o nosso próximo sugere e exige que nós o evangelizemos, assim também a ordem para evangelizar representa uma aplicação específica do mandamento para que amemos os outros por causa de Cristo. [2]
[1] Packer, J.I. Evangelização e Soberania de Deus, p. 72.
[2] Packer, J.I. Evangelização e Soberania de Deus, p. 48.
Cristã reformada, membro da Segunda Igreja Presbiteriana de Maranguape II. Bacharel em Teologia — STPN, mestre em Estudos Teológicos — MINTS; Bacharel em Fonoaudiologia — FIR e especialista em Fonoaudiologia em Saúde Pública — UPE. Tradutora da Bíblia e missionária do Projeto Missionário Compaixão e do Eva Reformada.
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