Sei sobre feminilidade bíblica. Isso basta?
- Projeto Missionário Compaixão

- 15 de fev. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 11 de mar.

Atualmente, nos grupos de meninas solteiras, é notório que a temática predominante é a feminilidade bíblica. Lógico, existem exceções! Mas, normalmente é tratado sobre como encontrar um rapaz piedoso, como ser uma boa esposa, submissão, maternidade, receitas culinárias, louças, como também panelas de teflon. Deixo claro que não sou contra a estes temas, inclusive, acho digno de serem conversados, e que as mais velhas ensinem as mais novas. Mas, enquanto solteira devemos sim tratar das coisas do Senhor! E o por que não falarmos sobre teologia, cristologia, política, literatura, história da igreja, escatologia, línguas originais, educação, piedade na vida e na igreja e etc? Certo teólogo escreveu sobre a necessidade da teologia, seja para quem for, inclusive para as mulheres, ele diz: “A teologia é necessária não somente para as atividades cristãs, mas também para tudo da vida e do pensamento. O conhecimento da Escritura — conhecer sobre Deus ou estudar teologia — deve estar cima de tudo da vida e pensamento humano. A teologia define e dá significado a tudo que alguém possa pensar ou possa pensar em fazer. Ela está cima de todas as outras necessidades (Lc 10:42). ¹ Será que saber apenas sobre feminilidade bíblica, basta? No livro ‘A Jovem Mulher Puritana’, o autor traz: “As moças puritanas, seja em casa ou na escola, e como meios permitidos, estudavam uma variedade de assuntos. Além de religião, muitas foram escolarizadas em leitura, caligrafia, música (escrita), matemática (da simples aritmética à geometria ou álgebra), geografia, história, filosofia e línguas. Embora você possa se distinguir muito no cultivo intelectual... você não pode proclamar ter uma educação completa, a menos que esteja bem familiarizada com a economia doméstica”.² Vemos também exemplos de mulheres na reforma que eram eruditas, como: Katharina von Bora, Marie Dentiere, Olympia Morata e também mulheres regentes, princesas e poetisas colocaram-se ao lado do movimento da Reforma Protestante, instituindo mudanças em seus reinados como, por exemplo, as princesas Elisabeth von Calenberg-Göttingen (atualmente região de Hannover e Braunschweig) e Elisabeth von Rochlitz (atualmente região de Sachsen). ³ Então, moças, para não deixarmos a teologia se tornar um assunto limitado apenas a feminidade, devemos sim, estudar acerca de toda a Escritura. Pois, “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ministrar a verdade, para repreender o mal, para corrigir os erros e para ensinar a maneira certa de viver” (2 Tm 3:16) e deve pô-la em prática. E como traz Nancy Wilson, em seu livro O Fruto de suas Mãos [4]: “Quanto mais você ler, mais perceberá que seus pensamentos e sua fala refletem a sua leitura, e mais desejará ler. Conhecer a Escritura também nos salvaguardará da vulnerabilidade ao engano de nossa mãe Eva.” E ela continua: “As esposas cristãs tendem a deixar os livros grossos e a teologia para os maridos. Embora isso possa parecer submissão para alguns, é simplesmente desobediência. Não é suficiente que conheçamos Provérbios 31, Efésios 5, 1 Pedro 3, e 1 Coríntios 1 e 14. Temos de saber muito além do que como ser uma boa esposa. Afinal, nosso chamado e para sermos boas cristãs; e se formos boas cristãs, seremos boas esposas e mães, como já mencionei.” Logo, não devemos apenas saber sobre feminilidade bíblica, mas todas as outras coisas que as Escrituras tratam. Para podermos usufruir da teologia em ‘tudo da vida e do pensamento’, afim de glorificar a Deus.
1. A Necessidade de Teologia, Vincent Cheung, Monergismo. 2. A Jovem Mulher Puritana, David Lipsy, pag 9. 3. As mulheres na Reforma Protestante, Claudete Beise Ulrich. 4. O Fruto de suas Mãos, Nancy Wilson.
Cristã reformada e nutricionista.
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