Vida Cristã vs Idolatria
- Projeto Missionário Compaixão

- 15 de fev. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 11 de mar.

Amiga, desde a última carta que te enviei, percebi que você continua apresentando grande resistência ao convite à contracultura. Chega no momento em que questiono-me se somos realmente cristãs ou ditas tais, pois não adianta ser criada em um lar cristão, frequentar uma escola cristã e até fazer parte de uma igreja, quando o relacionamento com Cristo está longe de ser uma realidade.
Mas, antes de falar sobre os pontos contraditórios com a nossa fé, os quais nos afastam de ter um relacionamento com Cristo, pergunto-lhe: o que é realmente a palavra de Deus? O que é ter uma vida cristã? Seu pensamento pós-moderno tem ocupado o lugar de Deus? Com essas respostas poderemos saber onde está seu coração, pois iremos observar a distinção entre uma vida cristã e uma vida idólatra.
Vivemos uma vida cristã quando deixamos transparecer em nós o imensurável amor de Jesus, o nosso supremo exemplo; quando as nossas palavras e nossa prática estão coerentes com a palavra de Deus. Mas para isto, devemos crer que as Escrituras são suficientes, e como diz em 2 Timóteo 3:16-17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.”
Por isso, rejeitemos de todo coração tudo aquilo que discorde dessa regra infalível! E ela deve ser nossa regra de fé e prática. Devemos crer que nosso Deus é um Deus soberano e infalível. E como afirma na Confissão Belga, no artigo 13: “cremos que o bom Deus, depois de haver criado todas as coisas, não as abandonou nem as entregou ao destino ou acaso, mas segundo a Sua santa vontade Ele as rege e governa de tal modo que no mundo nada acontece sem a Sua determinação.”
Mas quando pegamos tudo isso e guardamos no bolso, em benefício das nossas próprias vontades, e passa a ecoar das nossas bocas outros pensamentos opostos desse Deus que rege e governa todas as coisas, a saber, os nossos ídolos, torna-se pecado. Pois, além de ocupar o lugar dEle em nosso coração, esses pensamentos vão contra a nossa regra de fé.
O objetivo que te escrevo é trazer uma reflexão se o seu posicionamento passou a ser uma idolatria, tomando assim o lugar de Deus, mesmo você afirmando que nada do pensamento deste século vai de contra às verdades infalíveis. Mostrar-te-ei em uma próxima carta, para não me prolongar muito, que o pensamento deste século se opõe às boas-novas.
Para finalizar, trago os pecados proibidos no primeiro mandamento, “não terás outros deuses diante de mim”, de acordo com a pergunta 105 do Catecismo Maior de Westminster:
“Os pecados proibidos no primeiro mandamento são - o ateísmo, negar ou não ter um Deus; a idolatria, ter ou adorar mais do que um Deus, ou qualquer outro juntamente com o verdadeiro Deus ou em lugar dEle; o não tê-lo e não confessá-lo como Deus, e nosso Deus; a omissão ou negligência de qualquer coisa devida a Ele, exigida neste mandamento; a ignorância, o esquecimento, as más concepções, as falsas opiniões, os pensamentos indignos e ímpios quanto a Ele; [...] o fazer dos homens senhores da nossa fé e consciência; o fazer pouco caso e desprezar a Deus e aos mandamentos; o resistir e entristecer o seu Espírito; o descontentamento e impaciência com as suas dispensações; acusá-lo estultamente dos males com que Ele nos aflige, e o atribuir o louvor de qualquer bem que somos, temos ou podemos fazer à fortuna, aos ídolos, a nós mesmos, ou a qualquer outra criatura.”
Oro para que você possa ler essas palavras e, juntas, possamos refletir sobre essas atitudes e pensamentos, e se o que está em nosso coração condiz com a boa e perfeita palavra de Deus. Que o Espírito Santo possa iluminar nossas mentes e corações para essas verdades e nos conduza a uma vida piedosa. E rogo como Paulo: “que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional; e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Pela graça que me foi dada, digo a todo aquele que está entre vós, que não pense de si mais do que convém, mas dirija a sua atenção para pensar sabiamente, conforme a medida da fé que Deus a cada um repartiu.” (Rm 12:1-3)
Deus te abençoe, De sua amiga.
Cristã reformada e nutricionista.
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